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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Progressiva alisa e trata: Será?

De uma coisa minhas clientes sempre souberam: PROGRESSIVA NÃO TRATA, não hidrata, pois é uma transformação química, ou seja, mexe com a estrutura dos fios e se não cuidar, já era!




O que há na sua progressiva?
Esse post foi escrito pela Carla Figueira do blog EU AMO CABELO. 







Formaldeído

O formaldeido é um dos mais comuns conservantes presentes na cosmética atual. É o aldeído mais simples, de fórmula molecular H2CO e nome oficial IUPAC metanal.
Geralmente causa reações dermatológicas e muitos médicos alertam sobre reações de longo prazo.
Nos cosméticos convencionais você encontra Formaldeído escondido nos rótulos sob os seguintes nomes Bronopol, Imidazolidinil uréia, 2-Bromo-2-Nitropropano 1,3-Diol, Bronidox, 5-Bromo-5-Nitro 1,3 Dioxano, Diazolidinil Uréia e DMDM Hidantoína.

O Jargão mais conhecido das adeptas das "Pogressivas" é que "formol alisa e trata", a mentira mais difundida entre os profissionais que defendem seu uso é "A minha escova tem 0,2% e alisa e trata, sim!"

Glutaraldeído

O glutaraldeído é um dialdeído saturado. Em solução aquosa apresenta pH ácido e não é esporicida. As formulações encontradas são:
Pra você ter uma idéia essa substância é utilizada na desinfecção hospitalar e veterinária e é tão potente que esteriliza instrumentos hospitalares contaminados com o vírus HIV, Hepatite B e o Bacilo da Tuberculose. O profissional que faz esse serviço dentro do hospital tem que usar roupas especiais, luvas, capa e máscara para gases químicos, aquela máscara de paninho não serve! E as "Excelentes Profissionais Cabeleireiras" não usam máscara de gás, luvas, roupas especiais e afins, ainda usam a prancha indicada para cabelos molhados, sim aquela que tem furinhos e solta VAPOR quando cabelo está molhado, no caso "esterilizado" com Glutaral.

O Glutaral quando aquecido se transforma em um gás extremamente tóxico capaz de alterar o DNA, altamente cancerígeno e provoca alteração no Sistema Nervoso Central, podendo te tornar um vegetal, mas deve valer a pena afinal você será um vegetal de cabelo liso né? Uma espiga de Milho talvez???


Metilparabeno e Propilparabeno

Os Parabenos são metil-parabeno, etil-parabeno, propil-parabeno, butil-parabeno, benzil-parabeno.
Os parabenos são ésteres derivados do ácido p-hidroxibenzóico, e são o ápice dos conservantes fenólicos. São utilizadas industrialmente como conservantes, inibindo o crescimento de microorganismos em produtos farmacêuticos, cosméticos e alimentícios. O uso de dois ou mais parabenos virou prática comum, pois sua ação antimicrobiana aumenta. A concentração mais comum é de 0,18% de metil-parabeno e de 0,02% de propil-parabeno, fazendo parte de algumas formulações. Os parabenos são encontrados em diversos produtos do dia a dia como colírios, hidratantes, cremes dentais, sabonetes, desodorantes, xaropes, vários medicamentos injetáveis e até mesmo em alimentos. Porém, apesar de muito utilizado, os parabenos podem ser substâncias alérgenas a indivíduos sensíveis.

0,2% não alisa - mas sim conservante para os extratos e bases não oxidarem, criarem fungos, etc.

Seu uso é proibido quando usado em proporção maior a 0,2%, a média usada nas escovas é de 10% à 50%. Você sabe que o seu alisamento é "escova" quando o procedimento é: Shampoo, Gloss (tem que escovar/pranchar com o produto) e depois lavar, em alguns casos hidratar e escovar.


Algumas Progressivas


-Indiana

Algumas marcas e profissionais prometem aqueles fios lisinhos como na novela e para isso usam substâncias a base de Henná ou Henê. Não interessa se o Henê é Amazônico ou Argentino, trata-se de uma substância que não é compatível com outras químicas, incluindo coloração.
Quem lança mão de usar o Henê deve saber que ele é incompatível, caso o procedimento de coloração seja feito a fibra capilar sofre reação química de aquecimento e se parte, resultando em cabelos quebradiços e com aspecto de 
maltratados. Tanto o Henê quanto a Henná encapam o fio, não agem no córtex.

-Marroquina

Em minha opinião a campeã em dano físico ao cabelo.
O Primeiro resultado fica LINDO!!! Volte aqui depois de um tempo e agente conversa...
Qual a base química da Marroquina? Provavelmente te dirão que é um produto emoliente que hidrata o cabelo, alisa temporariamente e não agride, e não tem formol!
Mentira, Mentira e Mentira! A Marroquina original faz um relaxamento nos fios, no inicio fica liso e depois vai ficando espichado, uma coisa indefinida e áspera, aí você retorna e faz a 2º aplicação, fica liso por um período maior e depois fica ainda mais indefinido, com aspecto de galhos secos.
Por que isso acontece? Simples, a fórmula da Marroquina leva formol e hidróxido.
O Problema é que eles mistura 1 colher de hidróxido na fórmula da progressiva de formol. Aplicam isso no cabelo e escovam. O grande problema é que os Hidróxidos não são feitos para aplicar e deixar, eles precisam ser enxaguados e depois neutralizados, algumas técnicas de marroquina recomendam lavar logo após o procedimento, mas nenhuma neutraliza. Abaixo vou falar mais sobre os Hidróxidos.

-Escova Progressiva sem formol

Essa entra no quesito “Escova Esperta”, ops, escova inteligente.
Se é progressiva alisa, ou melhor estica por conta do formol! Se não tem formol tem base química, logo não pode ser considerada progressiva tendo em vista que nenhum alisante/relaxante pode processar o mesmo fio mais de 1x no caso de hidróxidos e mais de 2x em caso de tioglicolato sem danificara fibra.

-Carbocisteína e Ácido Glioxílico                                                          Esses dois ativos podem ser misturados porém possuem funções diferentes no fio. A Carbocisteína é derivada do do aminoácido L-Cisteína, um dos aminoácidos que compõem a queratina natural do nosso cabelo. Carbocisteína sozinha não alisa, já o Ácido Glioxílico possui função de mexer com a estrutura do fio, permitindo modelagem. O Ácido Glioxílico é uma forma modificada de ácidos que ocorrem na maioria das plantas e micro-organismos. Esse ácido libera substâncias (aldeídos) que promovem a quebra de pontes de cistina. Por ter um pH ALTO, quando aplicado no cabelo, dilata a sua estrutura e abre a cutícula, permitindo assim a entrada do ativo alisante, para que ele possa agir no interior do fio. Ou seja no córtex. Lá rompe boa parte das pontes de enxofre, que ficam entre dois aminoácidos chamados de Cistina, um dos 18 aminoácidos que formam a fibra capilar e é responsável pela sua resistência e forma. Com esse rompimento, o profissional dá a forma desejada às madeixas.

-Escova Alemã, Italiana, Frutas e Chocolate

O que essas escovas possuem de errado?
FORMOL! E em alguns casos Hidróxido usado de forma errada.

Não existe o milagre, ou a sua escova cheia de nomes tem somente poder de hidratação ou então você está fazendo um alisamento/relaxamento.





Agora você já sabe que:
- Se alisa é por que tem química
- Se não alisa é escova de tratamento
- E se não tem química, mas estica, tem formol, glutaral ou parabeno.

E como esses "Tratamentos" são notificados na Anvisa?
Os cosméticos são classificados em 2 grupos que são:
Grau I: Engloba produtos com formulação mais simples como shampoo, condicionador, hidratante, sabonete, etc.
Grau II: Engloba produtos como alisantes, colorações, etc.

Os produtos Grau I não precisam de análise junto a Anvisa, basta apenas enviar uma notificação, pasmem, por formulário eletrônico!!! Já os produtos Grau II sofrem análise técnica e precisam anexar à notificação documentos que comprovem que as substâncias estão dentro dos limites estabelecidos.



A origem dos produtos para Alisamento e Relaxamento

Os produtos atuais destinados  alisamento e relaxamento dos cabelos foram criados primeiramente para o processo de ondulação dos fios, sendo conhecido no Brasil como "permanente". O método de ondulação dos cabelos tem sido praticado desde os tempos antigos egípcios, quando a água e lama eram aplicadas às mechas de cabelos em bastões que secavam ao sol. Os gregos antigos refinaram a técnica através de ferros quentes que eram amarrados aos cabelos.


A primeira solução química de ondulação de cabelos foi desenvolvida por Nessler, em 1906, e consistia em uma pasta de boráx (borato de sódio) que produzia ondas duradouras, mas danificava muito o cabelo. Uma solução baseada em tioglicolato de amônia surgiu na década de 30, quando foi introduzida como primeira ondulação fria, que substituiu virtualmente os métodos de ondulação à calor. Foi conferida a patente original dos EUA a E. MacDonough em 16 de junho de 1941 (DRAELLOS, 2000).


Os biólogos justificam que as razões pelas quais a natureza nos dotou de cabelos foram superadas pelas tendências da moda atual. No interesse de seguir a moda deseja-se modelar os cabelos de acordo com uma configuração atraente e manter a forma por um período prolongado de tempo"(SCHUELLER, 2002, P. 77).

No início do século XX, a ondulação era feita por aquecimento dos cabelos através de dispositivos elétricos pesados e perigosos. Nos últimos cinquenta anos a ciência cosmética se desenvolveu melhorando as técnicas para conferir ondas e cachos. Este processo é conhecido como ondulação permanente.  A tecnologia empregada nesses produtos é baseada em dois tipos de compostos químicos: tioglicolatos e bissulfitos. Esses compostos químicos são os mais utilizados pelo fato de serem historicamente melhores na eficácia e serem os mais utilizados na industria cosmética desde a década de 40. Soluções altamente eficazes podem ser formuladas pela combinação desses agentes reativos com outros ingredientes que controlam o PH e a viscosidade (SCHUELLER, 2002; DRAELLOS, 2000).

(Fonte: Antonio Edson Martins Varela - Acadêmico do Curso de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí, Santa Catarina, a UNIVALI)

Foi nos anos 1980 que o permanente, feito com amônia e bigudins, virou febre no Brasil. Muitas técnicas surgiram ou se aprimoraram ao longo dos anos. Quem tinha o cabelo muito crespo aderia aos henês, e os mais maleáveis passavam pela touca de gesso. Agora, existem inúmeros tipos de relaxamento e escovas progressivas. 
A touca de gesso era um alisamento permanente feito com amônia e farinha de trigo que servia para alinhar os fios de forma reta. Tal procedimento foi substituído pelos alisamentos de amônia e pelas escovas progressivas, nas quais a chapinha faz o trabalho da farinha de trigo.
(Fonte: Revista Cabeleireiros.com)


O alisamento ou relaxamento de cabelo são os nomes dados ao processo reativo usado para alisar os cabelos excessivamente crespos ou cacheados. Por razão da moda, ou simplesmente pela maleabilidade, consumidores desejam os fios menos cacheados e ondulados.  O grande desafio do setor de alisamentos é desenvolver produtos que garantam madeixas lisas e saudáveis. Por isso, o mercado vive em uma constante luta com os percentuais de químicas e adição de elementos nutritivos para rebater o efeito dessas bases.